No nosso segundo dia em Berlim, o tempo amanheceu um pouco melhor. Teve um pouco de sol, intercalado com vento e uma chuvinha fina.
Tomamos um café da manhã tardio no Dean & David, uma rede de restaurantes que serve sanduíches naturais, wraps e saladas, além de sucos, café e chá. É bem gostoso e tudo é bem servido. Tem vários endereços em Berlim.
Resolvemos começar o passeio do dia pela Berliner Dom, o Catedral de Berlim, a mais linda e imponente igreja da cidade. Ela é realmente impressionante. A catedral fica na Ilha dos Museus, às margens do rio Spree e tem 114 metros de comprimento e 116 de altura. É linda por dentro e por fora.
A catedral é uma igreja protestante luterana e foi construída entre 1894 e 1905, em cima dos alicerces de outra catedral de 1747. Ela foi projetada em estilo barroco, com influência do renascimento italiano. Na Segunda Guerra Mundial, foi atingida por uma bomba de líquidos inflamáveis durante um ataque aéreo e ficou seriamente danificada. Depois da divisão de Berlim, a Berliner Dom ficou do lado oriental e só começou a ser restaurada em 1975, sendo concluída apenas em 2002, devido aos altos custos da restauração.
O altar da catedral, com mármore branco e ônix amarelo, se destaca, assim como o magnifico órgão de transmissão pneumática.
No sótão da igreja tem a Cripta dos Hohenzollern, que guardam os sarcófagos da família Hohenzollern, com mais de 90 túmulos dos membros da família imperial falecidos desde o final do século XVI até o início do século XX. É um lugar impressionante e vale à pena ser visitado.
Mas o melhor da catedral é sua cúpula, onde você pode subir e apreciar Berlim do alto. São 270 degraus. Cansa, mas vale à pena.
A Berliner Dom fica em Am Lustgarten, 10178 Berlim.
De lá fomos à Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, ou Igreja Memorial Imperador Wilhelm, que foi quase toda destruída na Segunda Guerra. Ela não foi restaurada para lembrar a destruição causada pela guerra, se tornando um símbolo da inconsequência das guerras.
Era uma igreja bem grande. Tinha 5 torres, mas só sobrou uma delas, e mesmo assim bem detonada. O interior era decorado por belos mosaicos, que ainda podem ser vistos e admirados.
Uma nova igreja foi construída ao lado da antiga, bem mais moderna, com suas formas geométricas. Ela tem forma hectagonal, a torre do sino é hexagonal e as paredes são compostas por mais de 20.000 pedaços de vidro em lindos tons de azul. É um lugar que transmite muita paz.
De lá nós fomos conhecer o lugar que eu estava mais ansiosa para ver: o Portão de Brandemburgo, que ficou conhecido como o símbolo da reunificação alemã.
O Brandemburger Tor, como é conhecido na Alemanha, é uma enorme construção em estilo neoclássico, com 26 metros de altura e foi inaugurado em 1791. Em 1795, o monumento recebeu uma quadriga de cobre que representa a Deusa da Vitória em uma carruagem puxada por quatro cavalos em direção à cidade. A estátua que vemos hoje em dia é uma cópia feita em Berlim ocidental em 1969, já que a original foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante a Guerra Fria, foi construído um muro que separava a Berlim Oriental da Ocidental. As pessoas do lado ocidental só podiam ver o portão de longe, por cima do muro, já que haviam várias torres de vigilância e os soldados da Alemanha Oriental bloqueavam o acesso.
É uma construção imponente e lembra as construções da Acrópolis de Atenas. Fica na Pariser Platz, 10117 Berlim.
Terminamos o dia no Hard Rock Café Berlim. Lugar que sempre tem música boa, petiscos gostosos e o melhor mojito. Fica na Kurfürstendamm 224, 10719 Berlim.