Auf Wiedersehen, Salzburg! Hallo, Viena!

Salzburg foi um dos lugares mais encantadores que visitei. A cidade é simplesmente linda! Três dias foi pouco, sinal que preciso voltar. No nosso último dia em Salzburg, conhecemos uma pequena joia: o Mozartkino. É um cinema intimista, com lindos murais pintados e que exibe filmes desde 1905. É um dos cinemas mais antigos do mundo e fica localizado dentro do Altstadthotel Kasererbräu, o hotel onde fiquei hospedada.

O filme Downton Abbey estava sendo exibido quando estávamos lá, mas só com dois horários. No idioma original inglês à tarde e dublado em alemão à noite. Até pensei em assistir, mas quando viajamos, geralmente só chegamos no hotel à noite. E como não falo alemão…O cinema fica na Kaigasse 33, 5020 Salzburg.

Pequeno e elegante
Olha o tamanho do projetor

Saindo de lá, fomos a um restaurante para nosso último almoço em Salzburg. O escolhido foi 0 Gasthof Goldgasse, que fica no Goldgasse Hotel. O restaurante, que tem uma estrela Michelin, serve uma autêntica comida austríaca com novas interpretações de receitas tiradas de um livro publicado em 1719. Achei a comida deliciosa! Goldgasse 10, 5020 Salzburg. Telefone +43 662 848200.

Simples e deliciosa

Do restaurante, seguimos para o hotel pra pegar as malas e fomos direto pra estação de trem. Nós compramos as passagens pra Viena aqui, mas eu soube que é tranquilo comprar na hora, a não ser em horário de pico. A viagem dura cerca de 2 horas e 30 minutos.

Ficamos no Hotel Mercure Wien City, um 4 estrelas que deixou a desejar. A localização é ótima, mas o quarto era pequeno, o banheiro escuro e a limpeza poderia ser melhor. Hollandstraße 3, 1020 Wien. Telefone +43 1 213130.

Largamos as malas no hotel e fomos explorar a cidade. Porém, adivinhem? Pra variar, estava chovendo. Resolvemos conhecer a Catedral de Santo Estêvão, uma das mais antigas igrejas do estilo gótico europeu e que fica localizada no centro da cidade, bem perto do hotel. Ela foi construída sobre as ruínas de uma antiga igreja em 1147 e renovada no estilo gótico entre 1304 e 1433. A igreja é linda, com arte sacra mais voltada pro barroco do que pro gótico. Por causa da chuva, a igreja estava bem escura por dentro e as fotos não ficaram boas.

Foto da Wikipedia

Fomos jantar no Senhor Vinho, restaurante português com ambiente agradável e atendimento e comida excelentes. Não fomos com reserva, mas é recomendável fazer. Quando chegamos, a cozinha estava fechando e quase não conseguimos lugar, mas eu já disse que tenho sorte com restaurantes, não? O maitre já tinha se desculpado e dito que não tinha mais vaga, mas o chef nos viu e mandou a gente entrar. 😉 O endereço é Schwarzhorngasse 8, 1050 Wien. Telefone +43 1 5458400.

Polvo pra lá de delicioso
Sobremesa portuguesa, com certeza

Foi uma noite divertida, conversando em português com os simpáticos donos do restaurante.

Salzburg – Dia 1

Salzburg foi um dos sonhos realizados na minha vida. Meu filme preferido de todos é A Noviça Rebelde, que foi filmado nessa cidade encantadora.

Saímos de Munique com o dia chuvoso, pra variar. Comprei a passagem de trem pela internet aqui, mas é tranquilo comprar na estação. São vários trens saindo de Munique para Salzburg todos os dias. A viagem dura cerca de 1 hora e 30 minutos.

A cidade de Salzburg está situada nos dois lados do rio Salzach, aos pés dos alpes austríacos e perto da fronteira bávara. O centro da cidade, com sua rica mistura de arte e arquitetura, foi considerado patrimônio Mundial pela Unesco em 1996. Além de ser a cidade onde foi filmado A Noviça Rebelde, Salzburg é a cidade natal de Wolfgang Amadeus Mozart, um dos meus compositores clássicos preferidos.

Chegamos na cidade perto de meio-dia e pegamos um taxi direto para o hotel. Ficamos no Salzburg Altstadthotel Kasererbraeu, situado em um edifício de 1342! Amo esses prédios antigos! O hotel fica situado no centro histórico, a 4 minutos a pé da catedral de Salzburg, 8 minutos a pé da casa onde nasceu Mozart e 12 minutos  a pé do Castelo de Hohensalzburg. É um hotel 4 estrelas com cara de 3, mas bem aconchegante e com funcionários atenciosos e ótimo custo/benefício. O endereço é Kaigasse 33, 5020 Salzburg, +43 662 842445.

Fachada do hotel. Foto da Wikipedia

Largamos as malas no hotel e fomos passear pelo centro. Salzburg superou as minhas expectativas. A cidade é belíssima! A catedral, com sua fachada magnífica e cúpula poderosa, representa o edifício barroco mais impressionante ao norte dos Alpes.

Catedral de Salzburg. Como o dia estava nublado, peguei essa foto da Wikipedia

Ela é tão linda por dentro quanto por fora. Tem cinco órgãos dentro da igreja. Fiquei imaginando todos tocando ao mesmo tempo. Deve ser maravilhoso ouvir. Acho som de órgão divino.

Não é maravilhosa?
Fazendo o reconhecimento da cidade, com o castelo Hohensazlburg acima.

Espremida entre a catedral e a Fortaleza Hohensalzburg está a pequena, mas bela Kaptelplatz. Antigamente o espaço era ocupado por um mosteiro pertencente à catedral. Ali tem um enorme globo dourado que atrai a atenção de quem passa. No topo do globo há um homem que olha fixamente para a montanha à procura de uma mulher. Dizem que ela está lá, escondida em uma gruta, mas confesso que não vi. A obra se chama Sphaera e é do escultor alemão Stephan Balkenhol. Na colina próxima você pode ver a fortaleza Hohensalzburg, o maior castelo totalmente preservado da Europa Central.

A fotógrafa cortou a cabeça do rapaz

Uma das praças mais lindas da cidade é a Resindenzplatz, um átrio maravilhoso onde fica a Residenzbrunnen, a fonte mais bonita de Salzburg.

Maria von Trapp passou por aqui.

Almoçamos no restaurante Camino Essbar, com comida típica local. Comi um Schweinsbraten (porco assado) com bolinho de massa Semmelknödel (um bolinho feito com pão) e salada de repolho. Estava bem saboroso. Depois que fui a esse restaurante, li umas críticas nada favoráveis a ele, falando principalmente do atendimento. Porem eu e minhas amigas fomos muito bem tratadas. Minha amiga Adrianinha ganhou até um pirulito do garçom, porque ela era “so sweet’. Achei o serviço muito bom. O endereço é Judengasse 10, 5020 Salzburg.

Meu almoço estava bem gostoso

Passeando pela cidade, encontramos a Goldgasse, uma rua que conecta a Residenzplatz com o Alter Markt (mercado velho). A via romântica recebe o nome de ourives e outros artesãos que já tiveram seus negócios lá. O Alter Markt, no centro histórico da cidade, ainda é um centro comercial urbano desde o século 13.

A cidade inteira é linda assim

Terminamos o dia no restaurante italiano Sto Bene Salzburg, onde saboreei um delicioso risoto. Apesar de ter gostado da culinária austríaca/alemã, não é o tipo de comida que consigo comer todos os dias. O Sto Bene fica no endereço Kaigasse 13, 5020 Salzburg, Áustria, bem pertinho do hotel.

Risoto com trufas e frango no Sto Bene. Delicioso!

Munique

No dia em que fomos embora de Berlim, estava chovendo muito, muito mesmo. Saímos umas seis da manhã do hotel (ainda estava escuro) e pegamos um táxi até a Berlin Hauptbahnhof (Estação Central de Berlim), onde encontramos Adrianinha e Isaura. Tomamos café por lá mesmo e partimos para Munique.

Há vários trens saindo de Berlim para Munique. O primeiro sai às 6 da manhã e o último sai aproximadamente às 15:40. Durante esse período os trens saem de hora em hora e, nos horários de pico, até dois por hora. Compramos as passagens pela internet aqui.

A viagem dura cerca de quatro horas e meia e, pra variar, chegamos em Munique debaixo de chuva. Pegamos um táxi direto pro Mercure Hotel Muenchen Neuperlach Sued, um três estrelas que fica a uns 10 km da Marienplatz, praça principal de Munique, mas há quatro minutos a pé da estação de U-Bahn Therese-Giehse-Allee, com trens que atravessam toda cidade. O hotel é moderno, com quartos com wi-fi gratuito, TV, frigobar e utensílios para fazer chá e café. Um bom custo/benefício. Fica na Rudolf-Vogel-Bogen 3, 81739 München, telefone +49 89 638000.

Munique é a capital da Bavária e tem cerca de 1,472 milhão de habitantes (dados de 2019). É uma cidade que une o antigo e o moderno e vai muito além da Oktoberfest, sua festa mais famosa.

Ela ainda conserva alguns portões da antiga cidade murada, como o Karlstor, um dos mais antigos da cidade.

Karlstor, um dos mais antigos portões de Munique

A praça mais famosa de Munique é a Marienplatz, que tem sido o coração geográfico e cultural da cidade desde 1158. O local é a casa de prédios importantes, como as prefeituras velha e nova.

Mais parecida com um castelo de contos de fada, a antiga prefeitura de Munique (Altes Rathaus) tem estado no coração da capital bávara por mais de 700 anos.

Prefeitura Velha. Fofa, não?

A prefeitura nova (Neues Rathaus) foi construída entre 1867 e 1908 num impressionante estilo neo-gótico e é um dos prédios mais emblemáticos da cidade. É na torre da prefeitura que o Glockenspiel, um relógio quase da idade do Brasil, ganha vida, encenando uma dança e uma luta, sempre às 11 h da manhã e também às 12 e 17 h no verão.

A imponente prefeitura nova. Foto tirada em noite de chuva. 😦

Um lugar interessante também é a Frauenkirshe, a catedral de Munique. Construída no topo de uma igreja românica que remonta ao século 12, a catedral de estilo gótico foi concluída em 1488, com as cúpulas coroando suas torres em 1525. Há uma lenda interessante sobre a catedral. O arquiteto Jorg von Halspach precisava de fundos para a construção da igreja e resolveu fazer uma barganha com o Diabo. O Diabo bancaria a construção sob a condição de que fosse uma celebração na escuridão, sem janelas para deixar entrar a luz. Pronta a igreja, o arquiteto chamou o Diabo pra ver sua obra. Ele entrou até certo ponto e não viu janelas, mesmo tendo luz no prédio. Ficou satisfeito até dar o próximo passo, quando viu várias janelas nas laterais da igreja. Ficou puto com isso e bateu o pé, deixando assim sua marca na catedral. Há uma pegada bem antiga na entrada da igreja com um pé com uma espécie de esporão. Será?

Não dá pra ver as janelas daqui
A pegada do Diabo

Acabei não indo a nenhum museu em Munique, o que achei uma pena, mas tínhamos só três dias na cidade. Um deles foi dedicado ao Oktoberfest e o outro a Füssen, para visitar o Castelo de Neuschwanstein. Um bom motivo pra voltar.

Munique tem ótimos restaurantes e destaquei alguns aqui.

Ratskeller – Esse restaurante é incrível e fica nos porões da prefeitura. Ele é gigante, tem 15 ambientes e pode acomodar até 1100 pessoas. Nunca vi um restaurante tão grande! Em cada ambiente a decoração é diferente, variando da mais romântica a mais requintada. E a comida é bem gostosa. Acabei não tirando fotos lá dentro porque fomos jantar lá depois de um dia na Oktoberfest (estava cansada e ligeiramente embriagada de cerveja) e porque fiquei chateada em perder uma echarpe que eu adorava no restaurante e quem achou não levou nos Achados e Perdidos. Porém garanto que vale à pena conhecer. O endereço é Marienplatz 8, 80331 München.

Rischart – É uma confeitaria bastante famosa na cidade e com vários endereços. Tem doces de todos os tipos e um café da manhã delicioso. Fomos na que fica em Neuhauser Str. 2, 80331 München.

Café da manhã muito gostoso na Rischart

Zum Spöckmeier – É um restaurante típico alemão, com garçons atenciosos e pratos variados. Comi um joelho de porco muito bom, embora enorme. Vale à pena conhecer. Rosenstraße 9, 80331 München.

Meu joelhinho de porco
Apfelstrudel, a famosa (e incrível) torta de maçã alemã

La Vida – restaurante aconchegante que serve comida italiana e espanhola pra desenjoar da comida alemã. Sendlinger Str. 28, 80331 München.

No La Vida, vinho antes da comida chegar.

Berlim – Dia 2

No nosso segundo dia em Berlim, o tempo amanheceu um pouco melhor. Teve um pouco de sol, intercalado com vento e uma chuvinha fina.

Tomamos um café da manhã tardio no Dean & David, uma rede de restaurantes que serve sanduíches naturais, wraps e saladas, além de sucos, café e chá. É bem gostoso e tudo é bem servido. Tem vários endereços em Berlim.

Outono em Berlim

Resolvemos começar o passeio do dia pela Berliner Dom, o Catedral de Berlim, a mais linda e imponente igreja da cidade. Ela é realmente impressionante. A catedral fica na Ilha dos Museus, às margens do rio Spree e tem 114 metros de comprimento e 116 de altura. É linda por dentro e por fora.

A catedral é uma igreja protestante luterana e foi construída entre 1894 e 1905, em cima dos alicerces de outra catedral de 1747. Ela foi projetada em estilo barroco, com influência do renascimento italiano. Na Segunda Guerra Mundial, foi atingida por uma bomba de líquidos inflamáveis durante um ataque aéreo e ficou seriamente danificada. Depois da divisão de Berlim, a Berliner Dom ficou do lado oriental e só começou a ser restaurada em 1975, sendo concluída apenas em 2002, devido aos altos custos da restauração.

Linda que só! A igreja. 😉

O altar da catedral, com mármore branco e ônix amarelo, se destaca, assim como o magnifico órgão de transmissão pneumática.

Olha o tamanho desse órgão maravilhoso!

No sótão da igreja tem a Cripta dos Hohenzollern, que guardam os sarcófagos da família Hohenzollern, com mais de 90 túmulos dos membros da família imperial falecidos desde o final do século XVI até o início do século XX. É um lugar impressionante e vale à pena ser visitado.

Mas o melhor da catedral é sua cúpula, onde você pode subir e apreciar Berlim do alto. São 270 degraus. Cansa, mas vale à pena.

Um dos poucos dias sem chuva na Alemanha
Em cima, tem essas belas estátuas

A Berliner Dom fica em Am Lustgarten, 10178 Berlim.

De lá fomos à Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, ou Igreja Memorial Imperador Wilhelm, que foi quase toda destruída na Segunda Guerra. Ela não foi restaurada para lembrar a destruição causada pela guerra, se tornando um símbolo da inconsequência das guerras.

Era uma igreja bem grande. Tinha 5 torres, mas só sobrou uma delas, e mesmo assim bem detonada. O interior era decorado por belos mosaicos, que ainda podem ser vistos e admirados.

Uma nova igreja foi construída ao lado da antiga, bem mais moderna, com suas formas geométricas. Ela tem forma hectagonal, a torre do sino é hexagonal e as paredes são compostas por mais de 20.000 pedaços de vidro em lindos tons de azul. É um lugar que transmite muita paz.

Dá pra perceber que era linda, não?
o interior da nova igreja

De lá nós fomos conhecer o lugar que eu estava mais ansiosa para ver: o Portão de Brandemburgo, que ficou conhecido como o símbolo da reunificação alemã.

O Brandemburger Tor, como é conhecido na Alemanha, é uma enorme construção em estilo neoclássico, com 26 metros de altura e foi inaugurado em 1791. Em 1795, o monumento recebeu uma quadriga de cobre que representa a Deusa da Vitória em uma carruagem puxada por quatro cavalos em direção à cidade. A estátua que vemos hoje em dia é uma cópia feita em Berlim ocidental em 1969, já que a original foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a Guerra Fria, foi construído um muro que separava a Berlim Oriental da Ocidental. As pessoas do lado ocidental só podiam ver o portão de longe, por cima do muro, já que haviam várias torres de vigilância e os soldados da Alemanha Oriental bloqueavam o acesso.

É uma construção imponente e lembra as construções da Acrópolis de Atenas. Fica na Pariser Platz, 10117 Berlim.

Portão de Brandemburgo iluminado, à noite

Terminamos o dia no Hard Rock Café Berlim. Lugar que sempre tem música boa, petiscos gostosos e o melhor mojito. Fica na Kurfürstendamm 224, 10719 Berlim.

A foto ficou borrada, mas dá pra ver o tamanho da sobremesa

Berlim – dia 1

Continuando a viagem pela Alemanha, partimos de Frankfurt para Berlim de trem. Saímos da Frankfurt Hauptbahnhof por volta das 8 da manhã e chegamos em Berlim pouco depois do meio-dia. Compramos as passagens via internet por aqui. É muito melhor já chegar na estação com a passagem na mão, embora ela possa ser comprada na hora. Só que comprando na estação, nem sempre você vai encontrar um horário ou lugar favorável.

Chegamos em Berlim debaixo de muita chuva. Tentamos pegar um Über, mas todas as vezes que tentei pedir, o carro parava do outro lado da rua e  a uns 500 metros de onde estávamos. Sem condições de arrastar mala com aquela chuva toda. Depois de muito tentar, resolvemos pegar um táxi.

Ficamos hospedadas no Alexander Plaza Berlin, um hotel quatro estrelas com ótimo custo/benefício, pertinho da Alexanderplatz, uma das principais praças de Berlim. Além da ótima localização, o hotel possui quartos amplos, com frigobar. O Alexander Plaza fica em Rosenstraße 1, 10178 Berlim, Alemanha, telefone +49 30 240010.

Largamos as malas no hotel e fomos procurar um restaurante por perto pra almoçar. Encontramos o vietnamita Madami – Mom’s vietnamese kitchen. Emília não gostou muito da comida. Eu gostei bastante, mas sou boa de boca. Além da boa comida, achei o ambiente gostoso e os garçons atenciosos. Fica em Rosa-Luxemburg-Straße 3, 10178 Berlim, Alemanha, telefone +49 30 88473866. Fecha às 23h.

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Interior do restaurante

Saindo do restaurante fomos andando até a Alexanderplatz, que é bem pertinho. Essa praça, que é a maior de Berlim, fica no bairro Mitte, um dos mais interessantes da cidade. O local originalmente se chamava Ochsenmarkt ou Ochsenplatz, pois ali havia uma feira de gado. Foi depois da visita do czar russo Alexander I à cidade, que recebeu o nome que é conhecido hoje. A praça é um importante centro comercial porque além do Mercado Central, tem várias lojas de departamentos, eletrônicos e outras lojas em geral.

Quando for atravessar a praça, preste muito atenção aos bondinhos. A passagem, que parece ser só para pedestres, é para os bondes também.

Não ficamos muito tempo por lá pois a chuva só aumentava a cada momento. Resolvemos entrar na St. Marienkirche Berlin, ou Igreja de Santa Maria, que fica bem pertinho da Alexanderplatz. A igreja é muito bonita e não se sabe ao certo a data da sua construção, mas presume-se que foi erguida no início do século 13. Originalmente era uma igreja católica, mas foi convertida ao protestantismo durante a Reforma Protestante. É a igreja mais antiga de Berlim e é bem bonita, principalmente por dentro. Tentei tirar uma foto da igreja do lado de fora, mas chovia tanto, que não deu. O que pegamos de chuva nessa viagem…A Marienkirche fica em Karl-Liebknecht-Str. 8, 10178 Berlim, Alemanha, telefone +49 30 24759510. Abre de terça a domingo a partir das 10h.

Além da chuva, estava ventando e fazendo um frio retado. Resolvemos voltar ao hotel, mas antes passamos no café Koch’s Café Haus, para tomarmos um chocolate quente. O lugar é aconchegante, tem várias coisinhas gostosas pra comer e estava bem quentinho. Tomei um chocolate delicioso lá. Pedi uma xícara média e veio quase um balde. Sem reclamação aqui. O Koch’s Café Haus fica em Karl-Liebknecht-Str. 7, 10178 Berlim, Alemanha, telefone +49 30 2423775. Abre de terça a domingo a partir das 9h.

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Meu delicioso chocolate

Voltamos ao hotel e depois fomos nos encontrar com minha amiga atleta Adriana, que foi correr a Maratona de Berlim, e sua irmã Keline, no Restaurant Entrecot. Outro restaurante com ambiente agradável e comida deliciosa. O contra-filé estava muito bom e bem parecido com o do restaurante le Relais de l’Entrecôte, em Paris. Falei dele aqui. Porém, no restaurante de Paris só tinha um prato, enquanto nesse o menu é bem variado. Fica em Schützenstraße 5, 10117 Berlim, Alemanha, telefone +49 30 20165496.

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O mesmo prato pra todas

De lá, fomos andando até o hotel de Adrianinha e Keline, que fica bem perto do Checkpoint Charlie, um antigo posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental, durante a Guerra Fria. Ligava o setor estadunidense com o setor soviético e se localizava na junção das ruas Friedrichstrasse com Zimmerstrasse e Mauerstrasse. As autoridades da Alemanha Ocidental construíram este posto para servir como um ponto de controle para registrar a passagem de membros das Forças Aliadas e diplomatas estrangeiros entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental, logo após a construção do Muro de Berlim. O posto foi removido após a reunificação da Alemanha e a cabine original se encontra no Museu dos Aliados. Desde o ano 2000 existe uma reprodução onde antes havia a cabine original. Havia dois outros postos militares localizados na direção ocidental e eles tinham os nomes de Checkpoint Alpha e Checkpoint Bravo, de acordo com o alfabeto fonético da OTAM. O Checkpoint Charlie fica na Friedrichstraße 43-45, 10969 Berlim, Alemanha, telefone +49 30 2537250.

Ainda bem que passei por lá nesse dia, senão não teria tipo paciência para enfrentar a longa fila que se forma para tirar foto no local. Quando passei no local outro dia, a fila estava gigante e, pra variar, estava chovendo. Paciência é uma virtude que possuo bem pouca. :p

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Com sono e com frio

 

Mainz

Você já ouviu falar em Mainz? Eu nunca tinha ouvido falar até minha amiga sugerir que fizéssemos um bate-volta a partir de Frankfurt.

A cidade é perfeita pra isso. É pequena e charmosa, além de ter mais de 2000 anos de história. Mainz está situada na margem esquerda do rio Reno, frente à confluência com o rio Main. Tem aproximadamente 200.000 habitantes e uma das universidades mais antigas do mundo, a Universidade de Mainz, fundada em 1477.

É bem fácil chegar lá a partir de Frankfurt. Você pode ir de carro e pegar a rodovia A66, ou ir de trem, como nós, a partir da Hauptbahnhof, a estação central de Frankfurt. A viagem dura uns 40 minutos. Você pode ver os horários dos trens aqui.

Nós pretendíamos sair mais cedo, mas como tínhamos chegado de viagem no dia anterior e já saído à noite, estávamos mortas de cansaço. Tomamos um café da manhã bem tardio em um dos café da estação e partimos.

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Pronta para ir pra Mainz

Como Mainz é pequenina, dá pra você passear pela cidade a pé e conhecer as principais atrações rapidinho. A partir da estação central da cidade, a Mainz Hauptbahnhof, você chega caminhando em pouco tempo até a catedral, um bela construção em estilo românico em arenito vermelho. É linda e bem antiga. A construção teve início no ano de 975!!! Como eu adoro essas cidadezinhas!

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Sempre tem uma restauração rolando

Você pode visitar a igreja de segunda a sexta, entre 9h e 18:30, aos sábados entre 9h e 16h e aos domingos entre às 12:45 às 15h e entre 16h e 18:30, por causa das missas. Pra visitar só a igreja é grátis, mas se você quiser conhecer o museu e a diocese da catedral, a entrada custa 5 euros.

Você lembra quem foi Johannes Gutenberg? Aquele cara que criou letrinhas de metal viabilizando assim, a imprensa. Pra uma pessoa que gosta de ler, como eu, só tem a agradecer por esse grande invento. Gutemberg nasceu em Mainz e lá tem um museu dedicado a ele e sua invenção, o Museu Gutenberg. Tem inclusive os exemplares das primeiras bíblias impressas. O museu fica na Liebfrauenplatz, 5 (Praça da Mulher Amada, olha que nome romântico!), bem pertinho da catedral e abre de terça a sábado das 9h às 17h e aos domingos das 11h Às 17h. A entrada custa 5 euros.

Como toda cidade medieval, Mainz tem um centrinho muito fofo, cheios de lojas, restaurantes e casas com fachadas estilo rococó. Uma graça!

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O Centro Antigo (Altstadt)

Também é ótimo passear às margens do Reno, principalmente num dia de sol. Como a cidade é pequena, você vai andado e, de repente vê o rio, que por sinal é bem bonito.

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Rio Reno

O tempo estava meio nublado e bem frio. A maioria dos restaurantes estava lotada. Acabamos achando um restaurante que ainda tinha vaga do lado de fora. Frio retado! O restaurante se chama Weinstube Losch, um restaurante que serve comida alemã e austríaca. Resolvi experimentar o famoso Wiener Schnitzel, que nada mais é que um bife à milanesa. Gostoso, mas nada demais. E como Mainz é considerada a capital do vinho na Alemanha, claro que pedimos um bom vinho branco. Eu prefiro vinho tinto, mas me surpreendi com a qualidade dos vinhos brancos alemães. Deliciosos! O Weinstube Losch fica na Jakobsbergstraße 9, 55116 Mainz.

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Meu Wiener Schnitzel

Assim como Frankfurt, Mainz foi uma agradável surpresa. Pode incluir no seu roteiro na Alemanha sem medo de errar.

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Centro de Mainz

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