
Eu não lembro quando assisti ao filme As Pontes de Madison pela primeira vez. Lembro que foi no cinema (os personagens principiais foram magnificamente interpretados por Meryl Streep e Clint Eastwood) e depois vi em DVD algumas vezes. Já a peça, eu lembro perfeitamente. Estava de férias em São Paulo e fui assistir à estreia no dia 17 de Julho de 2009 no Teatro Renaissance. Jussara Freire e Marcos Caruso estavam soberbos nos papéis de Francesca Johnson e Robert Kinkaid.
Há pouco tempo estava na casa de uma amiga e vi o livro, escrito por Robert James Waller. Ela me emprestou e eu o trouxe pra casa. Isso foi há uns dois ou três meses. Tenho mania de deixar livros ‘na fila’. Essa semana resolvi lê-lo e o fiz em dois dias, de tão envolvida que fiquei com a história.
Robert Kinkaid é um fotógrafo que vive em Washington e faz trabalhos para a revista National Geographic, e para isso viaja pelos quatro cantos do mundo. Divorciado e sem família, é uma alma livre. Francesca Johnson é uma dona de casa casada, mãe de dois filhos adolescentes e leva uma vida tranquila e sem grandes emoções. Quando Robert vai para a pacata cidade de Winterset, no condado de Madison, Iowa, para fotografar as sete pontes cobertas que ali existem, as vidas dos dois nunca mais voltam a ser as mesmas.
Robert já havia encontrado seis das sete pontes que iria fotografar, mas estava perdido quanto à ultima. Francesca está na varanda de sua casa bebendo uma limonada e aproveitando uns dias sozinha, já que seu marido e filhos foram passar uns dias fora, numa feira de gado, quando vê uma camionete se aproximando e Robert para diante dela para pedir informações sobre a tal ponte que precisava encontrar. Num impulso ela resolve levá-lo até lá.
Fica evidente que os dois irão se apaixonar. O aventureiro Robert consegue acalmar seu coração diante desse amor, e a calma Francesca entra em ebulição por causa dele. É um amor intenso, maduro e realista com tudo que uma relação assim implica. Apesar de adultério ser um tema polêmico (com razão), Waller descreve a relação dos dois com uma delicadeza tão grande que fica praticamente impossível não torcer por eles.
Quem já assistiu ao filme sabe como termina. O capítulo final é tão lindo que fiquei com os olhos marejados, e eu sou uma pessoa difícil de chorar. Apenas leiam.
Das sete pontes cobertas de Madison retratadas no livro, seis ainda existem e são monitoradas 24 horas por dia por um sistema de câmeras e alarmes, para conter a depredação que haviam sofrendo. Uma delas infelizmente pegou fogo há alguns anos.
Algumas frase marcantes do livro:
“Em um mundo cada vez mais endurecido, sobrevivemos todos com nossas próprias carapaças de sensibilidades encobertas. Em que ponto a grande paixão termina e a insipidez se inicia, não sei.”
“Previsibilidade é uma coisa, medo de mudar é outra.”
“O erotismo, de alguma forma, era um negócio perigoso e impróprio para seu modo de pensar.”
“Os velhos sonhos foram bons sonhos; eles não deram certo, mas fico contente porque os tive.”
“Num universo de ambiguidades, este tipo de certeza só existe uma vez, e nunca mais, não importa quantas vidas se vivam.”
Por causa da pandemia, entre outras coisas, eu quase desisti desse blog. Depois de quase um ano sem postar, resolvi retomar a ele porque gosto de escrever e apesar de não ganhar dinheiro com ele (quem sabe um dia?) é um dos meus hobbys preferidos. Bem vinda de volta pra mim! 😉
Essa é uma das minhas histórias de amor preferidas, também tive o privilégio de ver a peça e o filme. Texto sensível e verdadeiro sobre esse livro fantástico! Obrigada por compartilhar sua experiência.❤️❤️
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